
Porque, nos últimos tempos, relações em ruptura têm sido um tema recorrente na minha vida e a resignação e monotonia me assustam a sério, este filme tocou-me particularmente.
Bem, mas esta conversa toda para dizer que em Janeiro, na altura em que aponto os aniversários, decido também fazer uma pesquisa dos concertos previstos para os anotar na agenda.
Ora bem, este ano parecia, à partida bastante mais pobre que 2008.
Eis senão quando começam a aparecer as boas notícias:
Os The Killers vêm ao Super Bock e o Dave está de volta (lá terei de mexer uns cordelinhos para ver se se arranja uns bilhetes). Pelo meio temos os The Cinematic Orchestra e também o Yann Tiersen (*).
O Bom (ou melhor "Boa") - Russian Red
A espanhola, Lourdes Fernandéz de seu nome, que dá a cara pelo projecto foi uma agradável surpresa (eu sei que já tinha o álbum na minha biblioteca há não sei quanto tempo, mas passas-me tanta coisa, que não consigo dar vazão a tudo). As canções delico-doces ficam no ouvido e a voz dela é fabulosa.
O Mau - Foge Foge Bandido (aka Manuel Cruz)
Era nítido que a maioria das pessoas que enchia a sala estavam ali por ele mas nem isso não foi o suficiente para convencer. Na minha opinião foi o momento fraco da noite.
Começou por demorar eternidade em palco depois de ter sido anunciado. Entrou mudo e saiu calado. O concerto foi tão parado que estive, por diversas vezes, à beira de fechar os olhos e dormir. E, para completar o ramalhete, em plena promoção de um novo álbum (com um novo nome) que não funciona particularmente bem ao vivo, dá-se ao luxo de não cantar o single que, para além de ter sido a música lançou o projecto, é uma das melhores. É verdade que é uma forma de fugir ao óbvio e quebrar as regras mas, a mim, pareceu-me mais uma onda de vedetismo de alguém que já fez muito, sim, mas não é nenhum monstro sagrado da música portuguesa.
Foi uma desilusão salva apenas pelo trabalho em si. Há que admitir que o álbum é muito bom.
O Óptimo - Josh Rouse
Apesar do contratempo Cruz, a noite acabou muito bem. O Josh Rouse esteve em grande provando que da última vez estava mesmo doente e que eu estava enganada no que diz respeito à sua animação em cima de um palco.
Ele, de fato completo (o verdadeiro terno: calças, casaco e colete), a guitarra e o Raul Rodriguéz (ou seria Hernandéz?) deram espectáculo e animaram a sala com as canções antigas, as novas e as cantadas em espanhol (Valência baixou no rapaz).
Até os mais cépticos acabaram por gostar.
Sim, porque o meu sonho sempre foi chamar "amorzinho" e andar de mão dada com um homem de calças douradas!
Oh Nuno Gama, já "falaste" melhor! Já, já!
Reparo agora que o calçado também é bonito embora uns sapatinhos bicudos completassem melhor o figurino.
(*) Calças da colecção "Topo de Gama" do estilista supra citado. Campanha promocional recebida no e-mail via "Club Fashion" (tem de se levar com cada uma...).
...passou-se no Porto o tempo suficiente apenas para jantar um belo bife raspado ("mas isto é um hamburguer! Por que é que não me disseram logo?) com penca ("Penca??? Sim, sim, pode ser só com legumes.") e tirar uma fotografias manhosérimas à Casa da Música e à Rotunda da Boavista...
...foi-se até Santa Maria da Feira ver música ao vivo, afinal foi isso que nos tirou de Lisboa. Mas a essa já lá irei...
E no domingo foi-se ali para os lados de Esposende calcorrear todas as esplanadas da marginal para rebater o belo almoço e arranjar espaço para a chouriça (assim não há dieta que resista).
Na viagem de regresso ainda deu para discutir umas certas teorias sobre o Hugh Hefner e o Bruno Aleixo. Uma discussão bastante proveitosa, diga-se de passagem.
Resumindo e concluindo, soube a pouco.
Uma pessoa já não pode estar descansada a enviar um simples mail...
Também é verdade que me senti um bocado deslocada... a audiência era constituída maioritariamente por crianças. Não tinham mais de 18 anos...