sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Bom, o Mau e o Óptimo

À partida, um Festival com o Josh Rouse e o Manel Cruz (na sua mais recente versão - Foge Foge Bandido) no mesmo dia parecia um programa bastante apetecível. Além dos dois rapazes ainda tínhamos direito a Russian Red. Melhor ainda!

O único senão era ser em Santa Maria da Feira! 300km para ir a um concerto? - Perguntaram, uma vez, a um brasileiro amigo da minha irmã se a terra dele ficava perto da praia. Disse que sim, eram só 500km. As distâncias são, de facto, bastante relativas. - Não era a primeira vez e valia a pena a viagem. Será que a minha companheira de concertos alinhava? Alinhou! (Sofi, eu à vezes posso ser realmente convincente... ou será mais chata?)

E lá fomos os 3 estarolas rumo ao Norte: eu 'puxada' pelo Josh, ela pelo Manel e o terceiro sem fé em nenhum deles!

O Bom (ou melhor "Boa") - Russian Red

A espanhola, Lourdes Fernandéz de seu nome, que dá a cara pelo projecto foi uma agradável surpresa (eu sei que já tinha o álbum na minha biblioteca há não sei quanto tempo, mas passas-me tanta coisa, que não consigo dar vazão a tudo). As canções delico-doces ficam no ouvido e a voz dela é fabulosa.


O Mau - Foge Foge Bandido (aka Manuel Cruz)

Era nítido que a maioria das pessoas que enchia a sala estavam ali por ele mas nem isso não foi o suficiente para convencer. Na minha opinião foi o momento fraco da noite.

Começou por demorar eternidade em palco depois de ter sido anunciado. Entrou mudo e saiu calado. O concerto foi tão parado que estive, por diversas vezes, à beira de fechar os olhos e dormir. E, para completar o ramalhete, em plena promoção de um novo álbum (com um novo nome) que não funciona particularmente bem ao vivo, dá-se ao luxo de não cantar o single que, para além de ter sido a música lançou o projecto, é uma das melhores. É verdade que é uma forma de fugir ao óbvio e quebrar as regras mas, a mim, pareceu-me mais uma onda de vedetismo de alguém que já fez muito, sim, mas não é nenhum monstro sagrado da música portuguesa.

Foi uma desilusão salva apenas pelo trabalho em si. Há que admitir que o álbum é muito bom.


O Óptimo - Josh Rouse

Apesar do contratempo Cruz, a noite acabou muito bem. O Josh Rouse esteve em grande provando que da última vez estava mesmo doente e que eu estava enganada no que diz respeito à sua animação em cima de um palco.

Ele, de fato completo (o verdadeiro terno: calças, casaco e colete), a guitarra e o Raul Rodriguéz (ou seria Hernandéz?) deram espectáculo e animaram a sala com as canções antigas, as novas e as cantadas em espanhol (Valência baixou no rapaz).

Até os mais cépticos acabaram por gostar.


Os 300 km valeram mesmo a pena.

P.S. Peço desculpa pelas fotografias, mas foi o melhor que se arranjou. A última fila não é, de facto, o melhor sítio para as reportagens fotográficas.

4 comentários:

Anónimo disse...

eu ainda estou em fase de negação e não me apetece reconhecer que o pior concerto da noite foi o do meu lindo manel :x

Inesa disse...

Vá lá Sofi, tens de dar a mão à palmatória...

Anónimo disse...

não dou, não dou e não... ok.. tens razão.. foi o piorzito, foi :(

Unknown disse...

Eu queria ter ido ver o dear Josh, desta vez não deu...