...não se pedem, evitam-se.
Abomino esta expressão. Odeio-a tanto, mas tanto, que quando alguém se vem com essa tirada dá-me vontade de... Bem, é melhor não dizer aqui porque depois teria de pedir desculpas, as tais que afinal deveria ter evitado, blá blá blá... entraríamos num círculo vicioso do qual seria complicado sair. Mas fica a ideia.
Para chatear, parece que está na berra. Para onde quer que me vire, lá está alguém com as palavrinhas na boa (não necessariamente para mim). Começa a irritar.
Mas voltando à frase: além de completamente imbecil porque quem pede desculpas se sente completamente desarmado (e com vontade de...), torna qualquer erro, por mais pequeno que seja, absolutamente imperdoável. O que é ridículo.
O importante não é só evitar os erros, porque todos os cometemos queiramos ou não, mas também saber admiti-los. Para nós e, principalmente, perante os outros.
Ora, quando peço desculpas, peço desculpas! Faço-o com sinceridade e não só da boca para fora. Faço-o depois de pensar no assunto (por ter sido chamada à atenção... ou não) e de perceber que, de facto, não agi da melhor forma, que não tinha razão.
Mas se estou a estou a ser sincera, se admito o meu erro, por que raio tenho de levar com o "desculpas não se pedem, evitam-se"? Dá-me vontade de...
Se "errar é humano", perdoar também (já para não dizer que é divino)!
Portanto, vamos lá ser correctos e bonzinhos uns para os outros e pedir desculpas (quando não as conseguimos e evitar) e aceitá-las. Vamos lá dar o braço a torcer quando não temos razão, e não achincalhar o próximo quando temos.
Tenho dito!