quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ainda sobre chefias

Um (bom) chefe, além de competências profissionais, e isso admito que as minhas chefes têm (umas mais que outras), deve saber lidar com as pessoas. Ora é essa é a parte mais difícil. É nessa parte que elas falham redondamente sem que nunca o admitam.
Não as invejo. Não quero, nunca quis, ser chefe exactamente porque considero que não tenho o mínimo perfil nem jeito para tal. Além de pouca paciência, pouca calma e pouca tolerância a algumas pessoas e respectivas azelhices (e burrices... ah, as burrices!), tenho alguma dificuldade em confiar no trabalho dos outros e, por isso, em delegar tarefas (vá, admito... tenho a mania que o meu trabalho é melhor que o dos outros). De certeza que, no lugar delas, várias pessoas escreviam posts a desancar-me!
Felizmente esse nunca foi um objectivo na minha vida.
A verdade é que a minha ambição profissional nunca foi nada por aí além. A "carreira" nunca foi uma prioridade. Desde que tenha um trabalho que me dê algum gozo e que me paguem condignamente, não me chateio.
Quando, há uns meses, em plena entrevista para o emprego que podia ser para a vida, me perguntaram como me imaginava profissionalmente dali a 5 anos, os pensamentos começaram a andar a mil: dizia o que devia ou o que queria? Deveria dizer que me imaginava em plena ascensão profissional ou, pelo contrário, que me imaginava no posto para o qual me estavam a entrevistar? Deveria mostrar alguma ambição ou mostrar logo ali que o que eu quero é sopas e descanso num trabalho que seja minimamente estimulante e com um bom salário?

Se calhar devia ter mentido...

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