Vi, revi e voltei a ver. Ri muito e voltei a rir. Mudei de canal repetidamente na certeza de que me continuaria a rir.
O segundo melhor programa de humor da televisão portuguesa tem a duração de 30 minutos, passa todos os dias e em todos os canais... ao mesmo tempo.
O Tempo de Antena está quase tão bom como os Contemporâneos! É pena acabar já na sexta (o que vale é que teremos mais duas eleições este ano... iupieeee).
Embora todos os partidos tenham o seu "quê" de piada destaco os seguintes sketchs:
O Partido Humanista que apela "à força da não violência". É capaz de ser a campanha mais naïf de todas.
O MMS que tem o nome mais idiota de todos (Movimento Mérito e Sociedade) assim como o cartaz (uma avestruz????), um candidato que, como ninguém conhece de lado nenhum, faz questão de apresentar o seu curriculum vitae completo (tirou o curso no ISCTE, mas com a quantidade de imagens da Católica que mostram diria que há ali alguma frustração recalcada).
O PNR volta a não desiludir e faz campanha com um perfeito exemplar da fina flor do neo-nazismo, "gritando aos sete ventos" que votar nos partidos é um perfeito disparate. Dizem outras "verdades" como "votar no PNR é votar na esperança" (de quem????), "é devolver Portugal aos Portugueses", é "defender a nossa civilização comum" (comum? a quem?). O PNR é "uma voz nacionalista no Parlamento Europeu". Oh yeah!
O POUS continua igual a si mesmo. Continua em 1974. As mesmas pessoas (com mais cabelos brancos) dizem as mesmas coisas, da mesma maneira, há 30 e tal anos (*). Quase adormeci com o discurso do "analista programador" que parecia ter acabado de acordar da sesta no sofá tal era o desarranjo do cabelo, da camisa e os olhos de sono. Teria achado realmente piada se o discurso não me fosse tão familiar... metade dos amigos dos meus pais poderiam estar ali a dizer exactamente o mesmo. A dizerem o que dizem há 30 e tal anos.
The last but not the least... o PPM. Arrisco-me a dizer que é o melhor. Não só pelo discurso mas principalmente pelo candidato que se farta de gesticular, tem um tom muito particular de falar e que, no meio de uma conversa aparentemente natural, lá tem umas paragens desastrosas para ler o teleponto (desconfio que o que eles tinham era um desgraçado qualquer a rodar cartolinas e que, em algum momento, se atrasou). Pois bem, o Sr. Frederico Duarte Carvalho diz que "está farto" e que está na altura de fazer um "revolução não violenta" (onde é que eu já ouvi isto?) e que ele e o partido podem fazer isso afinal "o PPM representa também a si (estão a imaginar o dedito a apontar para nós, não estão?) que anda autocarro, que está desempregado (estava mesmo a apontar para mim!), que não sabe que o seu voto pode mudar". "O PPM é o partido popular do povo português (não deveria então ser PPPP?) porque um rei não pode viver sem povo". Aquele dedo virado para mim quase que me convenceu.
Há também os outros partidos. Os do costume... mas esses não dizem nada de novo embora os vídeos do BE valham a pena.
Não percam! Vá lá... hoje e amanhã são os últimos dias!
(*) 30 e tal anos é a expressão mais usada por todos os partidos (da esquerda à direita)... parece que ninguém se deu ao trabalho de fazer as contas.
2 comentários:
Também vi o do PPM enquanto lanchava e ia-me engasgando. Tem futuro nos anúncios de detergente.
Muito bom! (2)
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