sábado, 25 de julho de 2009

A sorte da Guidinha...

... foi eu estar num dia bom e a minha "Galleta de la fortuna" ter dito para pensar em mim antes de pensar nos outros. Achei que não valia a pena desgraçar a minha vida em prol da literatura portuguesa (*).

Foi só por isso que ontem o meu volante não guinou, de repente, para a a esquerda e a Margarida Rebelo Pinto pode seguir descansada o seu passeio e bicicleta (ou biciclete????) na pacata vila de Paço d'Arcos.



(*) Se é que se pode chamar literatura ao que ela faz e se o que ela escreve for o pior que ela tem. Se calhar é melhor dizer "em prol da sociedade portuguesa". Haveria, sem dúvida, muito menos momentos irritantes na vida de todos!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O futuro da medicina

Se já andam a usar medicamentos oncológicos para tratar doenças oftalmológicas, um dia deste receitam gotas para o nariz para curar as hemorróidas.

É só aspectos positivos!

Por que é que ninguém gosta de ir à Segurança Social (eu incluída)? Não percebo!
Ninguém (eu incluída) dá valor às horas que se passam naquelas instalações (sejam elas quais forem), ora de pé, ora sentada, ora encostada à parede, às vezes até, a servir de encosto de cabeça da senhora do lado! Mas esta embirração com a SS é uma verdadeira injustiça.

Senão vejamos:

1 - para os 2 minutos que passamos no guiché (sempre sonhei poder escrever esta palavra… é tão função pública!) a tratar do nosso assunto, estivemos, no mínimo, duas horas à espera. Ora, essas duas horas, a juntar ao tempo que demorámos a chegar ali, às voltas que demos à procura de lugar e mais ao tempo de regresso, transformam-se rapidamente numas quatro horas. O que é que isto significa? Significa que são menos quatro horas de trabalho e, ainda por cima, justificadas. Não conheço nenhuma entidade patronal que não se sensibilize com uma manhã passada na SS;

2 - se estivermos bem localizados (longe da senhora que gosta de usar os outros como almofada) ficamos a saber que a filha da D. São, a Cristina Andreia, anda na escola da Buraca onde o Nélson, filho “daquela loira que passa a vida no café e que era casada com o mecânico que trabalha na oficina do Jorge na Damaia”, foi apanhado por uns drógados que lhe róbarem o telemóvel e o venderem ao Celso, irmão da Tatiana Marisa, “a que trabalha no Continente do Quelombo”, por 25€… e que, ainda por cima, não trabalhava, “contarem-me o meu Leandro e a minha Miriam Vanessa”, colegas da já referida Cristina Andreia.!

3 - também não estamos mal servidos se ficarmos a saber as histórias mais escabrosas da D. Gorete (ou seria Goreti?!) contadas pela D. Celeste, sua empregada, à D. Ernestina que anda muito preocupada com “o meu mais velho” que anda a ser rodeado pela “ordinarona” da filha da D. Lurdes que é vizinha da D. Fernanda que ainda só há 6 meses ficou viúva do Sr. António, uma jóia de senhor, mas que já anda toda “contente” com o Sr. Joaquim da mercearia. Ufa!

4 - num bom dia, ainda podemos ter a sorte de ter um casal de ciganos com a sua prole aos berros e aos pontapés a tudo e a todos. É um bom dia porque saímos dali directos para o centro de saúde para fazer os curativos nas canelas e marcar uma consulta de otorrino. E pronto, já não conseguimos ir trabalhar à tarde e, com um bocadinho de sorte, ainda conseguimos uma baixa, senão naquele dia, dali a 8 meses, já surdos que nem uma porta, depois da consulta que fomos marcar e que só para essa altura houve vaga.

5 - temos ainda a oportunidade de, outra forma mais fácil e menos dolorosa, conseguir uma baixa. E não é uma baixa qualquer. É uma baixa por gripe A. Basta para isso emprestarem uma caneta à senhora do lado que, distraída à procura do telemóvel na mala, põe a caneta na boca e que, passados uns minutos, a devolve como se não fosse nada com ela (Ainda não fui capaz de voltar a tocar na esferográfica… continua na mala. Acho que nunca mais a vou usar. A mala e a caneta!).

6 - the last, but not the least, qualquer ida à SS é uma fonte de histórias, mais ou menos interessantes, para espetar no blogue.

Óportantos, meus caros, vamos lá deixarmo-nos de dizer mal dos serviços de atendimento da Segurança Social porque, afinal, só têm coisas boas. Excepto a senhora a dormir o nosso ombro, claro.

E vão dois!


Faz hoje uma semana que este blogue cumpriu dois anos de idade – gosto muito do uso do verbo cumprir, à espanhola, neste contexto, fico sempre com a sensação que nos estão a dizer “chegaste aos 30? Não fizeste mais do que a tua obrigação. E, ai de ti, que não cumpras os 95 a que ‘Deus nosso Senhor’ te destinou (já se sabe que os espanhóis são muito tementes a Deus). E depois não querem que se acredite que os suicidas vão direitinhos para o Inferno – e, mais uma vez, deixei passar tal efeméride em branco.
Bem, uma semana sempre é melhor que os 6 meses de atraso do ano passado!

Mas “prontus”, como mais vale tarde que nunca, aqui vai a devida vénia a este quadro que já foi de ardósia e que agora é de um material qualquer que, para além de esquisito, de certeza que não é reciclável. O que vale é que isto é tudo virtual, caso contrário a minha consciência não me deixaria dormir de culpa ecológica.

Entretanto, durante a minha ausência de… uma semana, irrompeu pela blogosfera adentro (ora aqui está mais uma bela expressão) uma senhora que começou tarde mas começou com toda a pedalada! Uma moçoila que pensa muito (às vezes demais) e bem (acha ela!). Fáxavôr de lhe fazer uma visita. Não digo isto por dizer ou porque ela me tenha pago(yeah right… fona como ela é, tal pensamento nunca lhe deve ter passado pela cabeça), digo porque a rapariga até tem piada e, e ainda agora chegou, já anda nervosa com o número de pessoas que lhe possa ter lido o blogue. Ah… e também porque é sangue do meu sangue!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As minhas não-férias

Pelo quarto ano consecutivo não vou ter férias no verão. Aliás, este é o sexto ano consecutivo em que não tenho mais de 5 dias seguidos de férias.

 

Eu que até sou rapariga para preferir repartir os dias ao longo do ano para poder fazer as minhas viagenzecas pela Europa, que nunca tirei mais de 10 dias de férias seguidos, estava capaz de fazer uma loucura por 15 dias de papo para o ar, com areia nos pés, sal no corpo (e algum cloro) e uma tez ligeiramente bronzeada (nem com um mês as estorricar, a minha pele passa o nível do ligeiramente bronzeado).

Precisava de descansar o corpo e, principalmente, a cabeça. Não pensar em nada… ou pensar na minha vida. Fazer um balanço do que foi e do que eu gostava que ela viesse a ser.

 

Um mês de férias no outro lado do mundo também não era mal pensado. Passear no meio dos cangurus, ir ver a Ópera de Sidney, banhar-me no Pacífico, dar um pulinho à Nova Zelândia, fazer festas nas vaquinhas (sem pisar os seus presentes) e ver verde… muito verde.      

 

Também podia ir passar uma temporada no Rio de Janeiro. "Viver" em frente à praia, beber água de coco, passear no calçadão, aumentar a colecção de Havaianas e Melissas, ir às compras, comer pão de queijo e farofa… fazer vida de novela. Era bom!

 

Mas não!

Quando a vida me dá uma oportunidade tirar umas férias dignas desse nome, ir para um destino de "sonho", sem data de regresso, o que é que eu faço? Aceito a primeira proposta trabalho que me fazem. Se ao menos pudesse dizer que é "o trabalho da minha vida". Mas não! Trabalho temporário a ganhar bem menos que no subsídio de desemprego (um dia destes talvez tenha paciência para explicar por A + B o porquê da minha decisão).

Resultado: a D. Inês vai ficar, mais uma vez, a trabalhar todo o verão e a ver e vai e vem (bronzeado) de toda a gente.

 

Tudo em nome da (so called) carreira. O 756 sei que me deixa Olaias… vamos lá ver onde é que esta me leva!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Seguros

Parece que é o que está a dar!

Já não bastava andarem sempre a tentar impingir-nos novos serviços de telefone, internet ou pacotes de setecentos e oitenta e três canais, cartões de cliente, descontos ou brindes, agora, a moda nova, são os seguros de acidente/vida.

Eu até nem diria nada se as chamadas fossem de companhias de seguros. Também podia ser feitas de um qualquer banco à beira da falência. Agora da La Redoute??? Pior, da Foto Sport????

Primeiro, o que é que o cu tem a ver com as calças? Segundo, quem são os senhores da Foto Sport? Sou cliente deles? Desde quando? Ou melhor, até quando? Se pensarmos que não revelo fotografias vai para cinco anos…

Mas por que raio uma empresa de roupa por catálogo se haveria de lembrar de oferecer seguros de acidente? E uma loja de fotografia? O negócio não deve andar bom mas será que assim vai melhorar?

A crise está instalada e tem "tirado" muita coisa a muita gente mas, por outro lado, tem "dado" muita imaginação aos senhores de marketing. Um prémio para eles.

P.S. Como a cavalo dado não se olha o dente, sou detentora de um seguro de acidentes pessoais (oferecido pela minha querida La Redoute) que cobre tudo e mais alguma coisa… pelo menos até meados de Setembro.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O David Mateus é grande...

…e a sua Banda também.

Já lá vão mais três dias e continuo de ressaca do concerto.

Gostava de fazer um rescaldo à altura mas não tenho capacidades para tal.

Resta-me dizer que, mais uma vez, excederam todas as expectativas.

Qualquer concerto de 2h é um belo concerto, agora, 2h30 de espectáculo num festival, só mesmo estes senhores. E se se tivessem alargado mais eu não me importaria. Quer dizer, se calhar acabaria por me importar, mais tarde, quando me apercebesse que tinha perdido duas amigas que já estavam a pontos de me matar e que lhes/me devem ter rogado muuuuitas pragas. (*)

Há alguns anos que ando a tentar deixar-me de alguns rótulos como "a melhor amiga", "a comida favorita", "o melhor filme de todos os tempos", "o dia mais feliz da minha vida", "o meu actor/actriz favorito", etc. Sempre que etiquetei alguém ou alguma coisa desta forma, acabei, invariavelmente, e por diversos motivos, por ter de "desetiquetá-la", de maneira que já tinha desistido de dizer que tinha "uma banda" favorita.

Mas, tal como há dois anos depois do concerto da DMB, a etiqueta voltou a ser posta. E desta vez desconfio que já não sai. São, sem dúvida, o meu grupo favorito. (**)



(*) Obrigadaaaaaaa… sei o que vos custou!

(**) E não vou tecer aqui comentários sobre o senhor que lhe dá o nome porque já não tenho idade para comportamentos de adolescente (já bem bastaram as 2h30 de sábado). Mas, vá… arrisco-me a dizer que, se não fosse uma "celebrity" a viver nos States, seria o homem da minha vida.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estou com vontade de me auto-flagelar!

Acabei de perder 30€!
Assim, do nada. Por puro esquecimento.
Ou melhor, por pura estupidez!
 
Como é que é possível ter-me esquecido da consulta??? Como é que é possível ter avisado toda a gente que ia ao médico, organizar a minha vida de forma a sair mais cedo, fazer uma hora de almoço mais curta para compensar e, na altura em que devia sair... pufff... varrer-se-me!
 
E logo agora que até estou em condições de desperdiçar dinheiro assim...
 
GRRRRRRR
 
Se pudesse, batia-me muito!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Separados à Nascença (6)

Isto sim é uma colecção de "famílias desfeitas"


.
Eldes, gracias pela dica.

domingo, 5 de julho de 2009

Ainda sobre o tique...

O que mais me irrita, é que sempre que me me sai uma piscadela me imagino assim:


Além de amarelo, tem cara de parvo. Não é uma imagem bonita, não senhor.

sábado, 4 de julho de 2009

Ai o raio do tique!

Apareceu, assim, de um momento para o outro, sem que nada me preparasse para tal e tomou conta do meu olho!

De há uns tempos para cá dou por mim (inconscientemente, eu juro!), por dá cá aquela palha, a piscar o olho às pessoas. Quando dou por mim, já é tarde. Já saiu.
No meio de uma qualquer conversa, sem mais nem menos, lá me sai a piscadela. Daquelas piscadelas de cumplicidade... mesmo com que não tenho qualquer tipo de cumplicidade.

Mas o que é isto???
O meu olho direito (sim, porque o esquerdo não pisca nem conscientemente) decidiu dar o ar da sua graça??
Era só o que me faltava!

Logo a mim que toda a vida desconfiei de tais piscadelas.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Separados à Nascença (5)


Fernando Ruas vs Manuel Zelaya vs Luís Filipe Vieira

A Menina Estrela do Ar chamou-me (mais uma vez) a atenção para outros senhores que, por alguma maldade, foram afastados ainda na sala de partos. Desta feita o Fernando Ruas e o Manuel Zelaya. Quando estava à procura de imagens do Zelaya dei por mim a pensar "mas este gajo faz-me lembrar o LFV!". Fiquei indecisa, de maneira que decidi pôr aqui os três.
Estes senhores têm outra coisa em comum... são todos presidentes. Será da bigodaça?
Bem, o Zelaya, neste momento, está num limbo, mas não deixa de ser presidente.
Pensando melhor, são 3 presidentes no limbo, afinal, os outros dois vão a votos daqui a uns meses. Pronto, o LFV está mais à vontade, mas se não tivesse adiantado as eleições, não estava.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Onde a ponho???

Depois de passar várias horas no Colombo a saltar de loja de electrodomésticos em loja de electrodomésticos (admito que com alguns intervalos para experimentar umas roupitas em saldo... só mesmo para experimentar que o desemprego não me permite grandes luxos), de ler as definições técnicas de umas 30 impressoras, de pedir ajuda ao rapaz da Worten, de andar de um lado para o outro a comparar "os artigos em folheto", de medir as máquinas aos palmos e de pesar tudo isto com o preço, lá trouxe para casa uma impressora multifunções HP toda janota.
Era a mais pequena e, por acaso, uma das mais baratas. Uma bela compra, sim senhora.
Pelo menos foi o que achei... até chegar a casa e me aperceber que não cabe em lado nenhum.
E agora??? Onde é que vou arrumar este mono que meia-hora antes era a impressora/scanner/fotocopiadora mais jeitosa que tinha visto na vida????
Onde arrumar um paralelipípepo de 426 x 181 x 267 mm numa casa onde já não cabe um alfinete?
O meu palácio está a encolher a olhos vistos,
Será que é desta que vou ter de começar a mandar os meus sapatinhos pela janela???

E de repente...

... fez-se 'imagem'.
Depois de uma ausência sentida, voltou para mim.
E que saudades tinha dos meus queridos quatro canais.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

The Half-Dead King

Há quase uma semana que não se fala de outra coisa. Já não há pachorra.
O homem morreu. Pronto, está morto!
E, afinal, não é nada que já não se estivesse à espera! Eu diria que não passou de uma "meia-morte".
Há vários anos que o homem parecia um fantasma, ou um morto-vivo (o Thriller foi quase uma visão premonitória). Há muito que estava mais para lá do que para cá. Portanto, "ele estava à beira de um precipício e deu um passo em frente".

Já deu para perceber que não sou (nunca fui e não era agora, depois de o homem morrer, que ia ser) grande fã do Michael Jackson. Devo ser, mesmo, a única pessoa no mundo a quem a morte do "rei da pop" não provocou qualquer tipo de reacção de choque.
Quando a novela foi interrompida por uma "Edição de Última Hora" pensei: "Oh pá, o que é que aconteceu desta vez? Um tsunami? Um novo 11 de Setembro? Outro autocarro despistado? O Sócrates demitiu-se? Ah... não, o Michael Jackson morreu!".

Depois de tudo o que me passou pela cabeça a notícia foi quase um alívio (a demissão do PM seria um alívio muito maior!).

Não quero, com isto, parecer insensível. É claro que esta morte me incomodou. Como me incomoda a morte de qualquer pessoa que não me seja próxima.
Aliás, esta semana, houve outras partidas de peso que me deixaram, essas sim, triste.

Assim não vale!

Já não bastava ser das poucas pessoas neste país à beira-mar plantado sem qualquer serviço de televisão por cabo (até as minhas avozinhas são mais modernas que eu!), agora nem aos quatro canais tenho direito.
Já não bastava não conhecer 90% das séries de jeito que andam por aí, agora nem as temporadas do ano do calhau que passam no segundo canal posso ver.
Já não bastava ter de levar com a programação de gosto duvidoso dos canais portugueses, agora nem a bela da novela me deixam ver.
Já não bastava dar cabo dos olhos numa televisão mínima, agora tenho de dar cabo dos olhos (e dos ouvidos) numa televisão mínima que só passa... 'chuva'.

Não é justo. A antena não podia pifar. Não podia.

Se a Vodafone tivesse, além do telefone e internet, um pacote de televisão, juraria que os senhores que me bateram à porta, há bocado, a tentar impingir o seu 'serviço fantástico', tinham dado um salto ao terraço a cortar o cabo da antena.