Por que é que ninguém gosta de ir à Segurança Social (eu incluída)? Não percebo!
Ninguém (eu incluída) dá valor às horas que se passam naquelas instalações (sejam elas quais forem), ora de pé, ora sentada, ora encostada à parede, às vezes até, a servir de encosto de cabeça da senhora do lado! Mas esta embirração com a SS é uma verdadeira injustiça.
Senão vejamos:
1 - para os 2 minutos que passamos no guiché (sempre sonhei poder escrever esta palavra… é tão função pública!) a tratar do nosso assunto, estivemos, no mínimo, duas horas à espera. Ora, essas duas horas, a juntar ao tempo que demorámos a chegar ali, às voltas que demos à procura de lugar e mais ao tempo de regresso, transformam-se rapidamente numas quatro horas. O que é que isto significa? Significa que são menos quatro horas de trabalho e, ainda por cima, justificadas. Não conheço nenhuma entidade patronal que não se sensibilize com uma manhã passada na SS;
2 - se estivermos bem localizados (longe da senhora que gosta de usar os outros como almofada) ficamos a saber que a filha da D. São, a Cristina Andreia, anda na escola da Buraca onde o Nélson, filho “daquela loira que passa a vida no café e que era casada com o mecânico que trabalha na oficina do Jorge na Damaia”, foi apanhado por uns drógados que lhe róbarem o telemóvel e o venderem ao Celso, irmão da Tatiana Marisa, “a que trabalha no Continente do Quelombo”, por 25€… e que, ainda por cima, não trabalhava, “contarem-me o meu Leandro e a minha Miriam Vanessa”, colegas da já referida Cristina Andreia.!
3 - também não estamos mal servidos se ficarmos a saber as histórias mais escabrosas da D. Gorete (ou seria Goreti?!) contadas pela D. Celeste, sua empregada, à D. Ernestina que anda muito preocupada com “o meu mais velho” que anda a ser rodeado pela “ordinarona” da filha da D. Lurdes que é vizinha da D. Fernanda que ainda só há 6 meses ficou viúva do Sr. António, uma jóia de senhor, mas que já anda toda “contente” com o Sr. Joaquim da mercearia. Ufa!
4 - num bom dia, ainda podemos ter a sorte de ter um casal de ciganos com a sua prole aos berros e aos pontapés a tudo e a todos. É um bom dia porque saímos dali directos para o centro de saúde para fazer os curativos nas canelas e marcar uma consulta de otorrino. E pronto, já não conseguimos ir trabalhar à tarde e, com um bocadinho de sorte, ainda conseguimos uma baixa, senão naquele dia, dali a 8 meses, já surdos que nem uma porta, depois da consulta que fomos marcar e que só para essa altura houve vaga.
5 - temos ainda a oportunidade de, outra forma mais fácil e menos dolorosa, conseguir uma baixa. E não é uma baixa qualquer. É uma baixa por gripe A. Basta para isso emprestarem uma caneta à senhora do lado que, distraída à procura do telemóvel na mala, põe a caneta na boca e que, passados uns minutos, a devolve como se não fosse nada com ela (Ainda não fui capaz de voltar a tocar na esferográfica… continua na mala. Acho que nunca mais a vou usar. A mala e a caneta!).
6 - the last, but not the least, qualquer ida à SS é uma fonte de histórias, mais ou menos interessantes, para espetar no blogue.
Óportantos, meus caros, vamos lá deixarmo-nos de dizer mal dos serviços de atendimento da Segurança Social porque, afinal, só têm coisas boas. Excepto a senhora a dormir o nosso ombro, claro.
Ninguém (eu incluída) dá valor às horas que se passam naquelas instalações (sejam elas quais forem), ora de pé, ora sentada, ora encostada à parede, às vezes até, a servir de encosto de cabeça da senhora do lado! Mas esta embirração com a SS é uma verdadeira injustiça.
Senão vejamos:
1 - para os 2 minutos que passamos no guiché (sempre sonhei poder escrever esta palavra… é tão função pública!) a tratar do nosso assunto, estivemos, no mínimo, duas horas à espera. Ora, essas duas horas, a juntar ao tempo que demorámos a chegar ali, às voltas que demos à procura de lugar e mais ao tempo de regresso, transformam-se rapidamente numas quatro horas. O que é que isto significa? Significa que são menos quatro horas de trabalho e, ainda por cima, justificadas. Não conheço nenhuma entidade patronal que não se sensibilize com uma manhã passada na SS;
2 - se estivermos bem localizados (longe da senhora que gosta de usar os outros como almofada) ficamos a saber que a filha da D. São, a Cristina Andreia, anda na escola da Buraca onde o Nélson, filho “daquela loira que passa a vida no café e que era casada com o mecânico que trabalha na oficina do Jorge na Damaia”, foi apanhado por uns drógados que lhe róbarem o telemóvel e o venderem ao Celso, irmão da Tatiana Marisa, “a que trabalha no Continente do Quelombo”, por 25€… e que, ainda por cima, não trabalhava, “contarem-me o meu Leandro e a minha Miriam Vanessa”, colegas da já referida Cristina Andreia.!
3 - também não estamos mal servidos se ficarmos a saber as histórias mais escabrosas da D. Gorete (ou seria Goreti?!) contadas pela D. Celeste, sua empregada, à D. Ernestina que anda muito preocupada com “o meu mais velho” que anda a ser rodeado pela “ordinarona” da filha da D. Lurdes que é vizinha da D. Fernanda que ainda só há 6 meses ficou viúva do Sr. António, uma jóia de senhor, mas que já anda toda “contente” com o Sr. Joaquim da mercearia. Ufa!
4 - num bom dia, ainda podemos ter a sorte de ter um casal de ciganos com a sua prole aos berros e aos pontapés a tudo e a todos. É um bom dia porque saímos dali directos para o centro de saúde para fazer os curativos nas canelas e marcar uma consulta de otorrino. E pronto, já não conseguimos ir trabalhar à tarde e, com um bocadinho de sorte, ainda conseguimos uma baixa, senão naquele dia, dali a 8 meses, já surdos que nem uma porta, depois da consulta que fomos marcar e que só para essa altura houve vaga.
5 - temos ainda a oportunidade de, outra forma mais fácil e menos dolorosa, conseguir uma baixa. E não é uma baixa qualquer. É uma baixa por gripe A. Basta para isso emprestarem uma caneta à senhora do lado que, distraída à procura do telemóvel na mala, põe a caneta na boca e que, passados uns minutos, a devolve como se não fosse nada com ela (Ainda não fui capaz de voltar a tocar na esferográfica… continua na mala. Acho que nunca mais a vou usar. A mala e a caneta!).
6 - the last, but not the least, qualquer ida à SS é uma fonte de histórias, mais ou menos interessantes, para espetar no blogue.
Óportantos, meus caros, vamos lá deixarmo-nos de dizer mal dos serviços de atendimento da Segurança Social porque, afinal, só têm coisas boas. Excepto a senhora a dormir o nosso ombro, claro.
1 comentário:
Eu tb tenho que lá ir mas tenho adiado, vou em Castelo Branco e despacho a coisa em meia hora. Claro, assim só tenho direito a mulheres com bigode.
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